segunda-feira, 13 de julho de 2015

Essa deve ser a cara

 Ele sinceramente pensa "eu devo ter cara de otário", ou algo do tipo. Parado no dia, vendo a tarde passar, na companhia dos sorrisos que o faziam distrair os minutos que já se somavam aos cento e vinte. "MEU DEUS!", pensou, já se faziam duas horas que ela havia saído, no momento pensou mil coisas, mas teria de ir em um compromisso, então decidiu tomar banho e se vestir. Enquanto a água escorria pelo corpo, sua cabeça trabalhava no mais profundo da confiança. Armado até os dentes com a mais simples e pura confiança, ele apenas olhou pro lado da consideração, e simplesmente ligou pra ela, perguntando onde estava, por onde havia se perdido, pois já tinham se passado duas horas, desde o último contato. E ela, ao desconversar, falou sobre a tal viagem, que estaria se formando na cabeça deles, pro meado do ano. Ele ignorou a viagem e bateu na mesma tecla de consideração, ela havia ficado sem ação, e como algumas ultimas brigas, tomou o mesmo rumo. Decidiu tentar pescar nas atitudes dele, argumentos que pudessem ofuscar a falta de consideração que tivera.
Mas ele foi rude, disse que precisava desligar pois iria até um compromisso importante, mas antes de dar tchau, por estar embriagado com sua raiva, ele desligou o telefone na cara dela pela primeira vez.
Tendo ele, voltado do seu compromisso, a chamou em uma rede social, pois ela havia pedido pra que ao chegar, fosse avisada. Ele avisou, e daí vieram mais justificativas, mais arrogâncias, como sempre ela pescando em palavras, argumentos que pudessem ofuscar o que ela havia feito, mas não conseguiu, e mesmo assim, preferiu ignorar o fato de que pudera estar errada, e saiu, desligou e esqueceu que existe uma balança no relacionamento, e que quando um se ausenta do seu peso na balança, o outro tem que carregar sozinho.

sábado, 11 de julho de 2015

Six Months

Achou que tinham resolvido as coisas ontem, que jogar o lixo, mesmo que seja uma expressão a qual não usavam mais com frequência, tinha certa influência na poeira das atitudes.
Pelo visto não, sinceramente não entendeu, ela namora com ele, vive com ele, planeja com ele, mas não consegue depositar confiança.
Os minutos que ela senta pra mexer no computador, foram utilizados pra alimentar sua vontade de espionar, talvez pra encontrar um furo que não existe mais.
Ele te implora confiança mas as coisas parecem estar fora do lugar, pois mesmo tentando encontrar um furo e não conseguindo achar, ela muda com ele, e nega diálogo, diz simplesmente: "Não estou no clima" e simplesmente sai!
Realmente, estou vendo a olho nu, como ela duvida dele e do seu amor.
O pior de tudo, o diálogo que ele tem, na verdade, um monólogo, é ouvi-la dizer: "Não exige mais nada de mim, pois você é bom na teoria e não na prática".
Pera aí, só porque o ontem ficou ontem, e ele apagou e bloqueou um provável problema do futuro, ele é ruim na prática? Isso é motivo pra ignorar? Ele fica se questionando, até onde isso vai, até onde a onda do impulso vai te levar.
Ontem ele te reconheceu no início, de uma forma totalmente parecida, mas mediante ao ocorrido, aquela sombra do passado (não tão passado), se apagou, foi se ofuscando aos poucos, e aquilo que poderia ser um dia de sorrisos e cozinha, será, cada um no seu canto, pois nem ele, nem ela vão dar o braço a torcer.