terça-feira, 28 de junho de 2016

Carta pras estrelas

A soma entre a ansiedade nos aproximou, lembra? Um domingo qualquer desligado dos nosso afazeres, ou apenas das minhas responsabilidades, pensa se você vai beber água mais cedo? Pensa um pouco, se a anos atrás eu não fosse matriculado naquele colégio, talvez eu não teria conhecido as pessoas que eu conheci, me apaixonado pela Carla, sentir ciúmes dela com o Alex, brigar com o Alex, levar essa briga pra próximo da minha casa, mas em dois minutos, as nossas linhas de existência se ligariam, como um edifício é bem estudado, as condições do solo, altura e outras coisas. Nós fomos estudados por um plano maior, que nos unia sem que nós não percebêssemos se foi ou não mera casualidade. Antes da briga, olhei pro pé do Rafael, exibido que era, só usava o tênis mais caro, tirei a dúvida de onde ele havia comprado, e adivinha quem iria trabalhar na loja que o Rafa comprou o tênis? Mas não em 2009, e sim em 2016.
Conquistei com dinheiro do meu trabalho, uma bobeira que o meu lado consumista havia tido. E sem perceber, estava ali a mais bela das rosas, havia passado centenas de vezes na frente dela, mas despercebido se passava a chance de ser feliz e encontrar definitivamente o tão famoso amor. Um macacão preto, com uma alça solta, uma blusa listrada e o mesmo tênis que eu havia me apaixonado, era assim que você estava vestida, com o mais lindo e calmo dos olhos, passava a tranquilidade e a maturidade que os muitos anos haviam lhe passado. Sem contar a tatuagem nas costas, o melhor dos detalhes, pois era desconhecido, não se sabia o que era. Mas a ideia sempre foi essa, nem todo mundo está preparado pra descobrir os nossos segredos, não é amor? Você vivia dizendo isso. A forma com que nos apaixonamos foi forte, intensa e ao mesmo tempo rápida, tudo passou por nós como começou, não deu tempo nem de usarmos o mesmo tênis, ou tentarmos arrumar amizades em outras lojas. O combinado era te empregar, mas não consegui isso, então te dei meu coração, empreguei os meus sentimentos nos seus olhos, maldito o dia em que a minha guarda estava baixa. Acabou, continuamos no mesmo lugar e nada não passou de uma imaginação, você já divide sorrisos, dividiu comigo, mas nem mesmo você, que estava aqui, é capaz de lembrar. Espero que um dia possa se lembrar do que vivemos, e por fim, o meu telefone vai tocar, e será eu e você, combinando o sapato, e vendo qual dos dois fica cinza primeiro.

quinta-feira, 23 de junho de 2016

Política das facções populares

Tive o prazer de presenciar essa semana, dois grupos   
– aparentemente religiosos – fazendo pelos mais necessitados. Fiquei pensando em como existem atitudes nobres, tão pequenas  que quase passam desapercebidas. Pessoas se mobilizam pelos outros. O que me deixa triste, é saber que depois dessa temporada de "frio", esses abismos sociais vão permanecer. E as mesmas pessoas, instruídas por quem está por cima (pra permanecer por cima), vão deixar passar desapercebidos, os mesmos irmãos que em outro tempo, tiveram a "sorte", de terem sido agasalhados.
Atitudes nobres, porém rasas. A própria mídia, apoia essa atitude, a mesma mídia que é bem competente na hora de construir as mentiras que costumamos acreditar, pra que a própria população, continue sustentando esse esquema contra si mesma!
Admiro quem faz, na verdade, tenho orgulho de dizer que sou amigo de muitas pessoas com esse tipo de projeto. Mas antes de você entregar um casaco, sopa ou seja lá o que for, entregue noções de direito! Converse! Não é simplesmente chegar e implantar sua crença, dar um casaco e depois dizer que jesus ama, assim é fácil demais! Lidar com pessoas, é mais difícil do que se imagina, ainda mais com pessoas sem instrução. Então, se você não tem capacidade pra isso, simplesmente NÃO FAÇA! Porque o frio, passa. Agora, a sabotagem no ensino, não! O sistema é esse, pouco conhecimento, pouco direito cobrado.

sábado, 11 de junho de 2016

Pra uma Luíza qualquer

Poxa Luíza, logo agora que estávamos tão perto do que nem em mil anos poderíamos ter. Logo no momento tão esperado. Como a vida toma essa atitude por nós, que maldade. Qual a necessidade Luíza?! Fiz por onde, mas devo ser muito desligado das coisas mesmo. Eu te esperava chegar do trabalho, sempre bem arrumado e acompanhado de uma disposição, que cá entre nós, eu nem tinha tanto. Todas as mulheres que me olhavam, viam em mim Luíza, o amor que você me transmitia mesmo sem estar do meu lado. Como que a vida lhe enche os olhos Luíza, o que ela tem a oferecer, se ela é tão vazia e inconstante. Confesso que algumas vezes eu te perdia, mas perdia com certeza de que uma hora você ia voltar e as coisas se acertariam. Aliás, quando eu te perdia, nem deixava você ir tão longe que eu não possa alcançar. Afinal, nosso amor era tão forte quanto qualquer discussão. Não existia desigualdade entre nós, ou existia, mas éramos capazes de respeitar nossas diferenças. Em dias de frio, lhe trazia o calor e quando calor se fazia presente, eu tirava sua roupa, como se estivesse descobrindo aquilo pela primeira vez, toda vez era a primeira vez Luíza. Falando em primeira vez, como esquecer da nossa primeira vez? Tão pouco e pequeno, mas ao mesmo tempo, um mundo inteiro pra nós. Escolhemos o fácil Luíza, e como fácil vem, ele vai. Talvez um dia os ventos daquele verão, retornem a receber a nossa presença. Ou poderíamos assistir o espetáculo que as estrelas nos dão todas as noites, deitados no meu carro. Eu espero Luíza, pois se um dia você me amou, minha ausência vai incomodar. Se incomodar, volta. Não aguento mais essa chuva, sozinho nessa estressa escura.

sexta-feira, 10 de junho de 2016

Die romantic

Um motivo a favor é o suficiente pra destruir os milhões de contras que eu crio pra tentar aumentar minha capacidade de aceitar o vazio. Prefiro acreditar que aquele lugar nunca foi ocupado por alguém, do que imaginar que essas memórias que eu tenho não são apenas fruto da minha imaginação. Os meus sonhos são a forma que meu subconsciente encontrou pra expor o que eu ainda sinto por você. Me sinto amaldiçoado pela pior das bruxas, algo em mim pesa, um sofrimento oculto/exposto eu nunca vou decifrar o que a sua presença me trouxe. Lógico que eu prefiro pensar que foi platônico, eu te inventei pra suprir todas minhas necessidades, um dia você vai existir na minha vida, não como uma esmola de meses, e sim com a eternidade que eu mereço. Eu sempre vou amar você. Sem sombra de dúvidas, espero que todas as festas, drinques e beijos aleatórios te façam tão feliz quanto eu já te fiz.